sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Lados


Um dia variado, suave e agitado é como eu posso definir minha última sexta-feira.

Por algum motivo, elas são sempre especiais.
Primeiro, por que marcam o fim de mais uma semana de trabalho, de rotina, de cansaço e abre oportunidade para uma leve mudança de ares.
Segundo porque elas nunca são iguais, sempre trazem um quê de surpresa e novidade ou de expectativa.
Essa me serviu para algo muito útil: aprendi mais de mim e dos outros!
Aprendi que assim como o meigo Aluado de Harry Potter, personagem que até tinha esquecido existir, eu tenho uma pequena fera dentro de mim, uma lobinha voraz e irritadiça que pode ser um pouco desagradável ou intratavel, inconveniente e praticamente orientada a impulsos. O que fazer quando eu me transformo nessa ferinha? Hoje, por assumir repentinamente essa forma, eu aproveitei... nem sempre tenho essas liberdades, estou consciente porém que preciso reforçar as correntes que mantém minha parte lobinha contida...
Resolvi que uma das minhas opções de faculdade será definitivamente Psicologia. Embora me identifique com uma porção de áreas, esta é uma que realmente não vai sair da minha lista tão cedo. Tenho medo de assumir o compromisso com Freud e companhia às vezes, mas afinal, se eu não correr pelo menos esse risco na minha vida como é que vou viver?
A gente pode ser super protegido por nós mesmos, essa coisa de auto preservação não pode chegar a níveis mórbidos...
Descobri que um dos pequenos prazeres da minha vida é desenhar. Meu traço pode ser inseguro e instável, mas alegra demais fazer o quadro mental de cada novo desenho que quero um dia transformar em grafite sobre celulose. Escrever tem sido meu drama, entre um bloqueio e outro, e fiquei feliz ao notar como a história está seguindo sozinha o caminho que ela quer, quase sem interferência minha. Em seguida, divido meus prazeres entre ler e jogar Game Boy, que é o único videogame que essa casa tem. Assistir DVD ou TV vem em última coisa. PC rules!
Me pergunto porque as pessoas de opinião formada se tornam tão extremistas... É mesmo preciso isso para defender um ponto de vista? Minha mente está sempre passeando flexiva por toda gama de assunto, aprendi a ser mais tolerante e versátil, a não me prender muito fixamente numa idéia só. O mundo é tão diverso, rico e variável que ser tão decidido quanto a algo eleva a pessoa a um nível intragável de idealismo vão. É preciso criar um equilíbrio para ter uma noção saudável e satisfatória da sua vida e do mundo ao seu redor. Ter a mente e coração aberto para compreender cada sutileza envolvida em qualquer situação, mundana ou não.
Achei legal a frase que ouvi mas não lembro com certeza. Viver num mundo de faz de contas é bom e muito fácil - mais ou menos isso que foi dito. Pior que é, né? Mas uma hora chega o fim do arco-íris e ele fica distante demais para subir de volta para a cavalgada.
Interessante mesmo é que o mundo de faz de conta nem sempre é feliz. Nem sempre a ilusão que vivemos é boa, para distrair, entreter. E quando seu mundo de "make believe" é só uma opção mais cruel da realidade, que você mentaliza para fazer tudo ser mais difícil? Complicar as coisas é muito simples.
Me diverti com a espontaneidade de todos hoje. Senti uma sintonia que há anos não sentia... Tinha esquecido de como era bom...
Hoje, aconteceu de novo, depois de tanto tempo, me fez lembrar que em remotos anos de colegial as tardes de domingo eram passadas e dedicadas a um conversê sem fim de tantos assuntos, quase sempre profundos, eu traçando perfis de meus interlocutores. E hoje foi exatamente assim: conversa diversa divergente que enquanto discute o universo não leva a nada, não serve para encher nem uma casca de noz. Uma hora tão longa e sem preço... Fim de tarde agitado, verdadeiro, insano. Uma integração entre todos, uma disposição em escutar, em aturar, em dizer e gritar (por que não incluir também em cantar até com air guitar?) - disposição de ser quem você é sem rodeios, sem "doushite"... Entre decidir e hesitar, entre ser e negar, entre querer sem poder.

Enfim, meu fim de semana começa bem. Como vai terminar, só vou descobrir em 48 horas, muito mais do que Jack Bauer sonhou...
Que a força do lençol esteja com você! *tosco isso... mas irresistível*

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Battle Royale


Battle Royale:

Um breve conto de tensão

Idéia insana nascida da vontade de quebrar a rotina, exercitar gênero literário diferente, se aproveitar de um tema interessante e propor uma reflexão. Interprete como lhe aprouver.
Talvez eu não seja bem sucedida, talvez não fique mesmo nada bom, e falte tempero, falte sustos... talvez, falte sentido. Mesmo assim, espero que gostem.

A minha respiração cansada seguia mesmo assim o ritmo acelerado de meu coração. Eu corria sempre, o mais rápido que podia. Corria, corria, parecia que em círculos, mas não importava direito para onde ia, desde que conseguisse escapar. Fugia do quê? Depois de tanto correr, parei um minuto para pensar na resposta, mas não consegui ficar mais de um minuto. Uma forte sensação de que algo me perseguia estava me assombrando, embora a única coisa que se movesse ao me redor fossem as árvores ao sabor do vento. Tinha chovido muito durante o dia. Estava muito escuro, muito silencioso e úmido. Me arrastava entre a folhagem, tentava me libertar daquela prisão, porque a verdade é que eu era prisioneiro do medo.
O que tinha me levado ali? Todos nós fomos vitimados, mas eu tinha decidido lutar. Não podia permitir me tornar apenas um brinquedo a mais do sistema, mas fazer uma diferença, a menor que fosse, nem que isso significasse morrer sem transigir meus valores. Por causa desse compromisso comigo mesmo eu estava correndo ali. E estava tão frio, e eu procurando uma saída inexistente. E eu ciente disso.
Meus inimigos eram aquelas pessoas tidas como mais próximas, e não sabia como enfrentá-las. A loucura tinha tomado a mente de muitos, provando que não há nada nos laços de convívio que resiste na situação em que nos encontrávamos. Era uma situação extrema, eu concordo, a única coisa que eu queria era sair vivo dela. O triste foi admitir que não haviam muitos meios para isso a não ser em ceder para a loucura que permeava todo o ambiente e cada canto escuro da onde poderia aparecer algo que me pegaria despreparado. Tudo o que eu queria era me manter naquele jogo, não precisava vencer, me bastava ser um peão que conseguia a coroa, entretanto queria fazer isso por um caminho inofensivo. A impossibilidade disso, entretanto, me fazia continuar a correr.
Um ruído próximo me fez estático. Observei a volta. O que é que divisaria naquele escuro sem fim? Eu fraquejava, cansado, sentia minhas calças molhadas, não sabia mais se da umidade da terra, da água da chuva ou dos tiros. Coloquei minhas mãos nos cabos de meus revólveres. Eles eram frios, não hesitavam em atirar, porque não tinham coração. Só que eu não era apenas uma máquina, um autômato seguindo um comando. Eu raciocinava, e talvez isso tenha sido minha perdição.
O que você teria feito naquela hora?
Eu sabia que não tinha muita munição. Sabia ter o número limitado de três escolhas a fazer. A vida de repente parece fácil se formos analisar. Apenas uma das três opções...
O barulho silenciou. Entretanto, isso não me tranqüilizou. Me mantive imóvel, porém atento, ofegando e pensando que medida tomar, como escapar daquela armadilha toda a me rodear. E quanto mais esperava, mais e mais eu me via cercado e incapacitado pela tensão. Via vultos em todos os lugares, e sentia arrepios e com as mãos trêmulas eu puxei os dois revólveres.
O som, o som dos gatilhos soltos em cima de meus dedos. O som da folhagem se agitando aqui e de repente ali e logo depois bem ao meu lado. O som do sussurro - do vento? - sobre meu ombro. A loucura... o medo... a indecisão.
Morrer, matar ou se render.
Sem tempo para pensar.
Tudo úmido.
Tudo escuro.
Tudo escuro.
O ruído outra vez, ele veio até mim, me virei aperrando minhas armas. Senti o hálito do revólver no disparo. O estalo. A luz. A perturbação na mata fechada e quieta.
Gravidade. O chão recebeu meu corpo sem dó. Me lembro bem. Sentia escorrer, era quente e viscoso o sangue que me cobria. O rosto no escuro daquele que fez sua escolha nunca foi claro para mim. E eu não posso culpar ninguém.
A vida se assemelha a um Battle Royale... qual das escolhas você vai fazer?
O que é mais importante para você? Quanta pressão você pode resistir?
Questões a se refletir... decisões a fazer... resultados para colher.
Se você não entendeu nada da postagem, dê uma passada na mãe dos burros: http://pt.wikipedia.org/wiki/Battle_Royale

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Comédia de Erros

Sabe aquelas coisas que acontecem e no momento você só consegue se sentir mal, com raiva, com mágoa, com tristeza? E você diz que quando olhar para trás vai lembrar e rir, falando isso para se consolar? Essa comédia de erros que é a nossa vida, esses pulsos de clock... Eu quero a Física Quântica logo, eu quero a perfeição, tenho certeza. O dia que ela vier, vou ser completamente contente, por que estou cansada de errar, de deixar a desejar.
"Aprenda e continue!" dizem. E isso é consolo? Pelo menos, eu tento encarar isso como um. Afinal, estão me dando uma chance para alguma coisa que não sei ao certo o quê. Pois, afinal, sei que vou cometer muitos outros erros, alguns piores que este ou aquele, mas não sou uma pessoa que aceita facilmente isso de errar. Não que eu relute em admitir a falha, porque acho que a arrogância não leva a nada além da vergonha. O que eu detesto é magoar as pessoas. Mas eu sou apenas um infeliz ser humano incapaz de ser correto em todas minhas ações e inevitavelmente, apesar de meus esforços, cometo deslizes que ferem. E a pior ferida é a que me aguarda, por que eu amo exacerbar essa ferida até que ela se torne uma lepra no meu coração, para me fazer contorcer. Eu, de todas as coisas, curto a dor mais intensamente.
Mas estar em contato é sofrer e criar atrito, não tem como fugir. Há coisas desnecessárias, há coisas acidentais, há as imperdoáveis e há aquelas que serão curadas pelo tempo.
E será que realmente quando eu olhar para trás, para tantas falhas, tropeços e tolices, eu vou rir? Vou rir de mim mesma e sentir que foi tudo tão mundano e desnecessário o sofrimento que passei?
Será que a comédia de erros não se trata de tragédia grega modernizada em sitcom? Será que errar é tão natural assim? Eu nunca vou aceitar isso. Me recuso, teimosa.
E peço desculpas, porque acho que erro em parecer tão frágil e sensível nesses últimos posts. Você pode me aceitar assim?
Mas a verdade é que não foi para isso que vim aqui, mas resolvi aproveitar o tempo e desabafar mais um pouco sobre a tensão que passei num sábado aí. Porque aqueles que eu amo eu quero proteger, cada um deles, e não decepcioná-los. E agradeço a compreensão e o sermão e o ouvido de cada um desses.
Deixe-me ir lá passar a limpo mais um trecho indeciso da "Harajuku no Monogatari".

Put a smile upon your face! ^^

sábado, 18 de agosto de 2007

E se...


Acho que esse se constituirá meu primeiro aborto. Não se assuste. Talvez, como sempre, eu esteja sendo dramática demais. Talvez, eu esteja sendo mesquinha e egoísta.

Ao mesmo tempo, é bom deixar as idéias fluírem um pouco para aliviar o peso que elas causam na mente da gente. Eu assumo as conseqüências daqui em diante. Você que assuma as suas ao terminar de ler.
E se você morresse?
Quantas vezes eu já não mentalizei o que poderia acontecer diante do recebimento da notícia que alguém querido para mim morreu! Eu ia chorar? Eu ia ficar em choque? Essa cena rolando na minha mente parece tão real, ao mesmo tempo tão embaçada, sem sentido. Pode ser que você me ache mórbida, fria ou até mesmo cruel, mas não, nunca desejei sua morte, pode ficar sossegado. Eu sempre me vejo em desespero ao mentalizar essas idéias funestas.
Mas o "e se..." que quero abordar não é esse. Foi levada por um desses pensamentos que me ocorreu:
E se eu morresse?
Pensamentos suicidas? Sim, já tive muitos. Acho que quem vive inevitavelmente questiona a morte, assim como eu já fiz aqui mesmo nesse blog. Estou sendo repetitiva? Pode até ser que sim. Meu jeito é ser prolixa mesmo, beirando o exagero. Se não gosta, pelo menos, releve.
E tem momentos da vida que tudo é tão escuro que só a morte parece solucionar a dor passada. Já achei que se eu não existisse, não faria falta. Já chorei a noite toda orando para Deus que me perdoasse esse desejo. Acho que hoje vai ser mais uma dessas noites. Acho que não...
E, de forma racional, às vezes penso como é que seria a vida continuando sem mim. Como reagiriam os meus amigos, meus pais, aqueles que tiveram algum contato comigo. Sairia um daqueles comentários sobre eu ser tão nova, sobre eu ter uma vida toda pela frente? Faria alguém feliz o fato de que eu morri? Mudaria algo?
Será que minha existência nessa Terra significa alguma coisa? Significa alguma coisa para alguém? Minha presença aqui faz alguma diferença?
Isso soa egoísta? Pode ser que sim. Ao mesmo tempo, não me importo muito com o que possa soar. Eu sou apenas um número entre seis bilhões... Quantas pessoas deixam de existir como indigente? Ninguém lembra delas. Ninguém lamenta, ninguém pára para pensar por quês, quandos e e-agoras.
É por que a vida vale mesmo a pena, senão eu já tinha desistido de viver.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Monique no País do Fim de Semana


Queria escrever aqui!

Ah, mas sobre o que?
Não sei bem, a vontade de escrever vem forte, principalmente nesse primeiros horários da madrugada.
Bem, sendo assim, farei deste um post abordando detalhes recentes.


1 - Pulsos de clock
Estava analisando o dia de hoje, que foi meio ruim, mas indiferente para mim. Concluí: a vida é transmitida em pulsos de clock. Para o processador de seu computador isso pode ser muito bom, mas para mim não é não! A vida tem uns e zeros - altos e baixos - e essa inconstância incomoda!
Não quero uma vidinha perfeita, mas só um pouco de conforto.
Enfim, na sexta-feira tudo era empolgação aqui em casa, eu tinha descoberto um primo bem na sala de aula onde eu trabalho! Eu fiquei tão feliz com a notícia que não sabia parar de pensar nisso! E meus pais ficaram super interessados e contentes também, foi muito legal!
Fiquei abobada dois dias por causa da revelação! ^^ Só de pensar que meu Filhote é meu primo, ficava tão feliz!
Então, veio o sábado: acordei tarde, arrumei gaveta, encapei caderno, faltei da reunião (menina má! ¬¬), fiz um desenho que gostei muito (olhe no meu devART! O link tá lá embaixo :D) e, embora não muito afim, comi pizza. Foi um dia normal.
Mas aí, chegou o domingo e com ele o impulso 0 do clock.
Por que é que pai dá tanto problema para a gente? Viver em sociedade não é fácil. Fomos fazer compras, mas sei lá por que, sem motivo, meu pai ficou bravo e o clima acabou. Não achávamos o que queríamos no Carrefour Bairro lá... meu pai não cooperava, minha mãe desanimou e eu tentava manter os ânimos até que enjoei da situação.
Chegando em casa, meu pai sumiu, minha mãe se enfiou no quarto provavelmente chateadíssima com o dia e eu e meu irmão ficamos de escanteio.
Na hora do jantar, super clima chato! Ninguém fala nada, minha mãe mal, meu pai indiferente e eu cansada disso tudo.
Quando eu fico deprimida, minha mãe me adverte, com sermãozinho até. Me manda levantar, não quer saber o que eu estou sentido. Isso funciona. Ela sempre foi meu baluarte. Continua sendo e nunca vai deixar de ser. Mas hoje vi um pouco do outro lado dela, aquele que há tempos não observava. Percebi que em algum momento da minha vida eu vou precisar ser a sustentação dela.
Será que serei capaz? Vou ter de aprender a lutar contra os pulsos de clock assim como tantas vezes eu a vi fazer.
O que salvou meu domingo de ser um fracasso completo foram meus amigos no MSN, especialmente minha querida Cris Onee-san que apareceu após muitos anos e me deu ótimas notícias! Tenho tanta saudades dela!

2 - Harajuku no Monogatari
"História de Harajuku" é a tradução desse título aí, que dá nome a uma história que ando escrevendo bastante, passando na frente de toda a enorme fila de fics e histórias começadas! É assim, que frustração, eu só sei começar as coisas e não terminá-las... Sou muito Rei mesmo (segundo o teste feito em sala de aula com um professor temperamental de psicologia)!
Garoto mau+Menina boa = roteiro agitado!
Usando da mais simples fórmula para escrever romance, resolvi me aventurar a transmitir um pouco da cultura rica e diferente de um distrito de Tóquio, Harajuku, por meio de um romance envolvendo membros de tribos urbanas diferentes e descrevendo sobre seus hábitos, pensamentos, relacionamentos, conquistas e dilemas.
Não é aquela coisa água com açúcar, mas tem uma boas pitadas do drama do qual não se viver sem... e é bem divertida de escrever. Constituí o meu vício atualmente e semana passada tive ótimas idéias para a plot!
Bem esse romance tem muitas notas culturais e estou pesquisando bastante para escrevê-lo. Acho que é esse desafio que entretem tanto e me faz querer escrever mais e mais!

3 - Ruindows!
Não suporto mais meu Puppet! Maldito PC que trava Word, Media Player, Shareaza que não conecta, blue screen que surge do nada, rede que desaparece! Vou jogar água nele! Vou mesmo! ¬¬
Não suporto mais essa situação e ainda assim, não sei viver longe dele!

4 - Não quero ser Naru!
Estava pensando com meus botões enquanto lia Love Hina... Meio que me chateei com isso.
Estive botando umas idéias na cabeça que não vão me fazer bem. Afinal, enganar a si mesmo é uma coisa ridícula. Preciso me esforçar para não me sentir como a Naru na hora de se despedir do Keitaro, preciso me centralizar, como diz a Fergie em "Big girls don't cry", me encontrar, achar a paz que eu preciso. E isso não é tão difícil quanto parece, devo dizer.
Falando em Love Hina, devo dizer que gosto muito desse mangá, mas insisto em sentir que a partir do Volume 21 (da publicação nacional pela JBC) as coisas perdem o ritmo e eu não consigo continuar a leitura. Gostei tanto do que li até ali, mas agora não consigo ir em frente, tudo parece longo demais, sem objetivo.
Na verdade, ando com pouca paciência para qualquer tipo de leitura. Acho que ando preguiçosa demais... Preciso dar um jeito de curar isso.

Bem, acho que para essa madrugada já está bom!
Não gosto de post composto, mas se postar é preciso, cá está o produto de um fim de semana conturbado, com seus pulsos de clock, suas surrealidades, alegrias e descobertas!

Este post foi sugestão da minha mala favorita, uma Louis Vuitton de alto nível... Embora eu me esforçe, eu sei que nunca vou agradá-lo! E por isso mesmo é que é divertido.
Confesso, minha vida seria um tédio sem você!

Agradeço a todo mundo que vem comentando ou simplesmente lendo meu blog!
Espero que continuem achando-o interessante.
A "alice" aqui promete trazer alguma coisa mais substancial num próximo post!
Amo todos vocês!

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Lever du soleil

O Itaú está promovendo um concurso cultural usando um tema bastante abrangente: o Amanhã. Eu não pretendo participar, mas achei a proposta interessante.
O Amanhã é o que as pessoas mais temem ou mais esperam. Alguns vêem o Amanhã como consolo, cheio de promessa, e outros somente o querem evitar. Mas acho que um nascer de sol é algo muito belo e a oportunidade de poder começar de novo é um grande alívio.
Ah, "essa linda juventude, página de um livro bom"! O Amanhã está nas mãos dela só que olho em volta e me pergunto o que ela pretende fazer com essa responsabilidade. Vivemos em tempos negros, esperamos o nascer do sol. Mas aqueles que devem trazer esse futuro iluminado temem dar seus passos instáveis em direção do Amanhã. Ele parece tão fora do alcance.
Com que motivação vamos lutar por algo melhor? Com que esperança vamos nos nutrir para resistir os obstáculos? Eu só vejo faces ou tristes ou desdenhosas.
O meu espelho às vezes me mostra isso.
O que é que nos reserva o Amanhã que seja tão bom que devemos lutar por isso? Meu futuro está lá, em algum cantinho, mas sei que ele não é certo, por mais que eu me esforce para que seja. O que é que vale tanto a pena? O Amanhã é o que tememos por causa da incerteza que ele traz. Não sei se o tempo estará nublado ou ensolarado quando o Amanhã chegar, eu não tenho como interferir nisso.
Quem é que se sente capaz diante do poder do Amanhã? Afinal, ele vem contra nossa vontade, onde é que podemos influenciar nele então?
Mas o Amanhã, este sou eu. Não adianta manter a face voltada para o chão, derrubada por minhas inseguranças, minhas tolices, minhas supostas fraquezas. O Amanhã é feito de todos nós. Precisamos cada um cuidar de seu pedacinho deste céu que receberá o sol do futuro. Isso pode machucar, pode extrair sangue, suor e lágrimas, mas já que essa realidade nos é inescapável, nos forcemos a reagir.
Eu quero que Ele venha. E ao chegar, eu quero encará-Lo nos olhos. Quero observá-Lo sem arrependimento. Vou tentar fazer meu possível. Eu sei que você também está tentando fazer o que pode. Façamos tudo por nós mesmos e pelos outros que dependem de nós, que torcem e apóiam. E desse modo tentaremos já que é nossa vez de dar rumo às coisas.
O que eu espero do Amanhã? Que de algum modo ele seja tão bom quanto Hoje.

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Texto do dia:
"Não fazeis parte do mundo." - João 5:19

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