sábado, 3 de novembro de 2007

Alive / I'll do my crying in the rain

Esse é um trecho da minha fanfic "Endless Duel". Resolvi postar por ser um dos meus momentos favoritos e por me identificar com ele agora.
Essa fanfic não foi concluída ainda, mas está em vias. Nunca escrevi nada tão longo e que gostasse tanto. Se passa em uma época medieval fictícia, mas não deixa de tratar de temas universais que tanto me agradam.
É um pouco comprido, mas acredito que embora prolixa, a narrativa flua fácil pelos olhos do leitor. Perdoe qualquer erro ortográfico, gramatical ou de concordância...
Boa leitura!

Capítulo 50 – Para se sentir vivo

(...)

Tudo era silencioso e sonolento no Covil do Gigante. A noite se arrastava entre a chuva brincalhona, que mimada, nunca resolvia quando ia embora. Com o avançar das horas, mais progredia o volume da chuva, mais arrogante ela ficava, o que não fazia diferença, porque todos descansavam. Ela exibia seus relâmpagos, seus trovões, governando a noite, destronando a lua perolada de todos os dias. Ela era a única força capaz de deter a noite e o dia, a chuva, que tudo domina com o cinza do seu véu, e de vez em quando, junto do sol, brinca de pintar, com uma pincelada traz cor para se despedir, ainda assim deixando no céu uma marca espetacular de sua presença.

Ali, entretanto, despedir-se não era a intenção dela, que mostrava desvairo. Um raio cortou o céu escuro em dois e iluminou o quarto, trazendo consigo um estalo poderoso como se o trovão fosse um felino ouriçado acuando um inimigo, como numa briga. O céu estava em guerra, a chuva desabou pesada. Heero abriu os olhos junto do som poderoso da tempestade. Sem susto.

Levantou-se, com a luz do raio viu Relena dormindo na mesa. A lamparina se despedia de sua pequena luz, e com esforço fazia claridade sobre o rosto adormecido da princesa. Heero suspirou fundo, sentindo-se letárgico no inicio e depois encontrando conforto na escuridão. Ouvia Relena respirar mais forte de vez em quando. Ficava pensando no que ia fazer.

Já era madrugada, a chuva selvagem lá fora varria os campos. Ele ouvia a força da água com uma sensação de alívio, como se junto da chuva ele descarregasse sua tensão. Ele armazenava consigo muita tensão, como se ele fosse estaticamente carregado desta o tempo todo. Havia tanto para lutar contra, quase tudo o que vivia dentro dele, e desses conflitos ia restando a carga, que o deixava eletrizado, arisco. E de algum modo a chuva significava liberação. Sempre se sentiu assim, desde criança.

Quando, sem controle de sua mente, via as torres em chamas nos seus pensamentos, se lembrava da chuva que caíra logo depois. A chuva o fazia esquecer, criava uma barreira a separá-lo de uma realidade que passou, o protegia de sofrer. E apesar da sensação boa, a chuva provocava solidão, pensamentos. Ela interrompia sua rotina, obrigava-o voltar um pouco a si por afastá-lo da agitação frenética na qual se metia.

Colocando-se de pé, caminhou descalço pelo assoalho frio até a janela fosca atrás de Relena. Olhou o rosto angélico da princesa na meia luz. Ela dormia pesado, como que por feitiço, como se por cem anos fosse jazer adormecida. E ainda assim a áurea poderosa dela a envolvia, exibindo uma pureza e energia que intrigava o cavaleiro. Ele identificava um pequeno sorriso se formando entre os lábios rosados dela. Devia ser alegria o que vivia nela, Heero não sabia entender da onde vinha tanto motivo para sorrir. Ela devia estar sonhando. Sonhar era uma coisa que ele não sabia fazer.

A chuva lá fora o chamava. O sorriso no rosto repousante dela o afastava, aumentando sua perturbação. Ele gostaria de saber por quê. Era como se houvesse algo nela algo que o incomodasse, e lhe desagradava vê-la ali, e para tanta repulsa não sabia o motivo. E essa palavra Heero também odiava. Ele não entendia aquela expressão. O que ela representava, que efeito causava nas pessoas, não conhecia nada disso. Muito menos compreendia qual era o motivo que fazia as pessoas tão sorridentes e preocupadas com ele. Nunca soube da onde se conseguia essa palavra para si. Seria comprada? Vinha no nascimento? Motivo... ele tinha um? A única coisa que o fazia viver era sua missão. Seu motivo? Ele não sabia avaliar. Motivação era muito mais que isso. Ele vivia em conflito contra si mesmo. A pior batalha.

E depois daqueles dias na cama, passando uma terrível provação da vida, aquelas questões eram ainda mais fortes nele, que não se reconhecia direito. Achava que tudo aquilo só contribuía em torná-lo mais fraco. Tinha de se resolver, porque a duplicidade era fraqueza, a hesitação era fraqueza, e fraqueza era o que ele não queria mostrar jamais.

Negava que estava fraco, mas estava.

A chuva o chamava.

Ele olhava pela janela a escuridão lá fora. Tossiu um pouco, apoiando-se no peitoril. Podia não ter mais febre, podia estar descansado, mas ainda não estava de todo pronto. Qualquer tosse exigia energia dele, suas costas estavam mais doloridas do que após uma justa. Soltou a respiração, como se desejasse esvaziar-se todo. As indagações voltavam com o oxigênio. Por que estava ali? Oh, é verdade... estava lá porque fora salvar a princesa e impedir uma guerra. Porque fazia essas coisas? Antes, a resposta dessa pergunta era fácil e pouco importante. Porém, os ventos da mudança que ele tanto temia chegaram e o arrasaram, vieram como furacão se abater contra a rocha blindada que não podia suportar tanta pressão.

Era por causa dela que estava ali? Se era, por quê? Ela lhe significava algo? Sacudia a cabeça, tentando afastar aquelas idéias. E dizia a si mesmo, tentando se enganar: Não! Nada disso... Estava ali por que fazia parte de sua missão como cavaleiro de honra. Teimava em ser um cavaleiro impessoal e desconhecia o que vivia dentro de si. Só pensava na missão que tinha como a razão de seu viver e nunca notava os mecanismos que existiam internamente para movê-lo de acordo com sua resolução. Ele ignorava suas vontades, não se conhecia.

Tossiu mais. A chuva gritava seu nome. O que ela queria?

Ele se detestava. Sabia que já não era mais assim. Descobrira muitas coisas sobre si mesmo ao longo daqueles dia. Não era mais impessoal, sabia que não era indestrutível. Deplorava seu corpo fraco, que não tinha capacidade de mantê-lo em pé por causa de uma simples febre. Ele era mais que isso, Heero não se conformava fácil. E mesmo diante de sua fraqueza, ele não pretendia se render. Era essa determinação que o permitia enfrentar tudo e ser tão forte mesmo diante do impossível. Já fazia quase três dias que ele não se punha de pé como naquele instante. Não queria ceder outra vez aos lençóis, mas seu corpo ainda extenuado clamava pela cama.

_Eu sou mais forte que isso, o suficiente para vencer a mim mesmo. Mesmo que eu seja meu inimigo agora, nada irá mudar minha resolução. Não posso me entregar.

Antes, tinha medo de suas qualidades, agora ele tinha temia as transformações, apesar de saber não ser capaz de detê-las.

Ele não tinha sapatos por ali. Desde que fora para aquele quarto, não precisou deles... Assim, não se incomodou em arranjar um par, mas saiu descalço. Cruzou os corredores ocasionalmente iluminados por raios. Queria ir lá fora, enfrentar a chuva, atender seu chamado desesperado. Ia andando pelo escuro sem ter nada para se orientar. Chegou ao salão dos troféus, reconheceu as vitrines. Sabia então que estava perto de uma saída. Ali se sentia solitário e desamparado, só a chuva parecia existir. Pelo menos era isso o que ele queria acreditar. Ele queria respirar fundo e esquecer tudo... Esquecer suas dores, sua tosse, suas lembranças ruins. Ele queria cair nos braços da chuva e se perder.

Ao parar diante da porta aberta, fitou por muito tempo a chuva se debatendo no calçamento. Ela surrava as pedras, intensa, como se fosse terna, como se fosse justa. Um raio iluminou o céu negro, mostrou-lhe a silhueta do cenário ao qual pertencia. Com um passo por vez, ele foi entrando na chuva, sentindo-a açoitar-lhe tal qual qualquer uma das pedras do chão. Entretanto, ele era capaz de senti-la. Estava gelada e veloz, cada vez que a recebia na face era como se atingido por pedriscos afiados que misteriosamente não feriam.

Aquela sensação o aliviava. Parado no meio do pátio, ele olhou para cima, sentindo a chuva acertar seu rosto em cheio, em minutos ficou encharcado. Era ele que absorvia a água ou a água que o absorvia? O chamado da chuva desapareceu. Não era mais necessário. Respirou fundo do ar gelado que permeava o ambiente. Respirou fundo mais uma vez. Ele estava ali, ninguém o podia impedir... ele sentia tudo ao seu redor.

Não tinha idéia de que horas seriam, mas pela imensa quietude e vazio, podia ter certeza de que era alta madrugada. O silêncio constante também era dominado pelo som furioso da chuva. Até seus pensamentos caóticos se deixaram calar aos poucos até que por dentro só houvesse plena quietude. Havia paz? Ele podia dizer, por um instante, que sim. Porém essa não lhe adiantava nada. Era efêmera, só pertencia à chuva e iria embora junto dela. E mesmo que fosse assim, mesmo que a organização na sua mente fosse temporária, ele adquiria algo muito mais importante e duradouro ali do que paz mental.

Tossiu, da friagem. Sentia-se tremer às vezes. Suas roupas pingavam, pesadas, seus olhos estavam pesados por causa dos cílios encharcados e dos cabelos colados em seu rosto. Ele suspirou, olhando o nada escuro em sua frente. Como cavaleiro, estava desafiando a morte outra vez. Ele precisava fazer isso para se sentir vivo. Essa sensação não justificava sua ação de se pôr em risco, mas tal não podia ser trocada por nada e alimentava a alma.

_Por que eu estou aqui? –ele murmurou, tão baixo que a chuva abafava sua voz, e ele só ouvira a frase porque fora quem a tinha dito. Um tempo de pausa transcorreu na noite sem estrelas. –O importante é que estou aqui... –concluiu, sentindo frio. Resposta que ele não estava acostumado em dar.

Era bom se sentir daquele jeito. Experiência rara para ele. Uma pessoa só é real se vive verdadeiramente. Tudo era novo para ele. Novas fronteiras tinham sido atravessadas e as coisas tinham um significado diferente. Como a chuva em seu rosto, ele se atreveu a entregar-se para sentir.

O sol veio algumas horas depois. Heero estava inexpressivo. Movia-se desanimadamente pela chuva. Outra vez, seus pensamentos entravam em desordem. E marcado pela chuva, ele respirava fundo o ar úmido que resfriava por dentro seu corpo convalescente.

Quando entrou no castelo outra vez, foi deixando um rastro de pingos por onde passava, mas não via ninguém pelo caminho. Talvez ainda fosse muito cedo. A chuva tinha diminuído muito desde que a aurora começara distante, em algum lugar onde não chovia. A viração começava a aparecer, quem sabe para levar as nuvens embora. O céu coberto de chumaços cinza aos poucos não via mais motivos para chorar, para luto. O dia ia se recuperar, se tornar alegre por si só e o sol vencedor estava cuidando disso, e lá onde surgia, muito distante, já começava a se preparar para brilhar.

Ao longo de tanto vazio, Heero fez uma pausa para escutar. Até o silêncio lhe era diferente. Encostou-se numa parede coberta de uma tapeçaria que ele não podia reconhecer e sentia-se escorrer. Sem perceber, soltou um gemido, engoliu seco, sentindo-se cansado e abatido. Deixou-se escorregar pela parede até que sentou no corredor, apoiando a cabeça na tapeçaria sem medo de que seus cabelos molhados a estragasse. Tudo nele escorria, as roupas, os cabelos, os olhos. Engoliu seco, respirou fundo e suspirou, uma rotina estranha que repetiu várias vezes, tentando fazer parar os olhos de lacrimejar. Por que aquilo estava acontecendo? Perguntar porque é querer saber um motivo. E como sempre, para ele, não havia nenhum.

Ouviu um retinir delicado de metal por perto, um som que foi se repetindo e se aproximando mais, até que na meia luz divisou um animal que vinha, sem que ele pudesse descobrir de onde. Um cachorro grande. Este veio e o olhou com jeito de dúvida, confusão, ternura.

Heero o fitou, não se preocupando em secar os olhos. E um sorriso nasceu de toda a sua dor enquanto via o cachorro achegar-se e tocar-lhe a mão com o nariz gelado. Um sorriso de verdade apareceu no rosto sempre emburrado do cavaleiro perfeito. Fazia tempo que não sorria daquele jeito sincero. Heero usou a outra mão para alisar o pêlo espesso do cão, que lhe cheirava de leve e o olhava sem prestar muita atenção, com certeza gostando do carinho. Mesmo com a pouca luz, Heero via que o cachorro era de cor muito escura e bastante idade. A pelagem do cachorro era gostosa ao toque, Heero por algum tempo ficou concentrado na atividade de afagá-lo, enquanto seu sorriso ia desvanecendo-se aos poucos.

O animal, por sua vez, parecia tranqüilo, e depois de cheirá-lo bastante, cansou, entrou por uma porta quase em frente deles que Heero não tinha notado antes. Talvez ele tivesse saído dali também... Heero levantou-se, passou uma mão pelo rosto e seguiu o cachorro, involuntariamente. Ao adentrar a sala, viu o animal se ajeitando para deitar sobre algumas almofadas grandes. Ele observou o cão um pouco, e de repente ouviu:

_O que estava fazendo lá fora, filho? –uma voz rouca e imperativa quebrou o silêncio do ambiente. Heero não demonstrou surpresa, mas deslizou os olhos para o canto, para onde originava a voz. –Eu estive a te observar... –Broden adicionou com tranqüilidade, olhando o moço.

Heero o parecia escrutinar, como que desejando saber as verdadeiras intenções do capitão. Seus felinos olhos penetravam sem pedir licença. Broden sentia-se irremediavelmente exposto. Era tal qual todos seus segredos fossem aparentes, por mais protegidos que estivessem.

_Se Treize fosse vivo e agora te visse, dir-lhe-ia ser o dono de belos e firmes olhos de um guerreiro resoluto. Tenho que concordar com ele. E mesmo assim, tu estavas a buscar algo na chuva... Pergunto-me o que poderia ser...

Heero o olhava fixamente, como se fosse mudo, o cachorro o olhava, por sua vez, esperando algo dele. Broden também o observava, determinado a não desviar o olhar do cavaleiro. Sentia como se Heero fosse uma fera acuada, esperando o momento certo de atacar e fugir. Broden lembrava de si mesmo ao olhá-lo. Nunca fora tão esquivo, mas ao mesmo tempo, sempre teve aquele olhar predador que Heero exibia, sempre glacial.

E o rapaz esnobava Broden como se tivesse esse direito. Não se esforçava em reagir, dizer alguma coisa. Olhou o redor e logo se percebeu num gabinete. Esquecera de como estava molhado e do frio que sentia. O cachorro o seguia com os olhos, pacato.

_Sei de algumas pessoas que não gostariam nada de ver-te desta forma! –ele disse em tom pilhérico, não se incomodando com a negligência de Heero. Logo ia chamar sua atenção. –Desafiar a morte nos faz bem, não é? Faz-nos sentir convencidos de algo que nos atormenta por duvidar, que estamos vivos. Sei exatamente como é, fiz muito disso, e agora sei que é tudo inútil...

_Do que está falando? –Heero indagou descrente, olhando Broden com seu ar de arrogância.

_Do vazio no teu interior.

E a arrogância dele se desmanchou em choque ao ouvir Broden. Heero empertigou-se irritado, para se proteger, porque dentro ele tinha receio.

E o capitão continuou falando naturalmente:

_Não se espante, milorde. Eu também o tinha. De certa forma, ainda não está todo preenchido. Por culpa desse vazio cometi alguns pecados tolos, não entendia o que era viver quando criança... tal tu. –Broden fez uma pausa e suspirou profundamente sob o olhar atento do rapaz. Depois, olhou-o e prosseguiu, tinha muito a falar. –Eu aprecio que a vossa juventude, tua e a dos outros que assumiram o compromisso da cavalaria, pode dar-me a impressão de correção dos meus primeiros erros. Não gosto, porém, como tu não és portador de esperança... Preocupa-me isso. Cavaleiro, um dia eu servi os Romefellers, quão iludido eu era. Achava-me capaz de faz tudo – fiz, realmente, o que achava ser certo, até que aquele modo de vida não me serviu mais. Vaguei pelo mundo então, conheci pessoas e lugares, que me hoje são queridos, tentando compensar minha vaidade, fazendo só o que era bom, assumindo causas perdidas, acreditando nos inocentes. Nessa época, cri ter conseguido esperança e felicidade. –ele falava de suas falhas sem parecer envergonhado ou triste, Heero queria entender da onde vinha aquele sentimento que Broden esbanjava e que ele não sabia definir. Broden prosseguia. –Quando soube da morte de Treize, meu estimado, aquele que me permiti eleger como o futuro daquela família vil, uma parte de mim morreu junto dele, e tudo se findou diante de meus olhos. Guardei minha esperança e trouxe-a para cá, meu refúgio desde então. Agora, criança, ouça e recebe o peso que te imponho: minha esperança renovada venho depositar em vós “Formidáveis”. Não me decepciono. Para isso te peço que arranje uma esperança para ti mesmo. Meu conselho. Respeito-te como igual.

Heero ouviu tudo em silêncio inexpressivo, mas concentrado. Buscava resolver que sensação era que via Broden sentir e de repente invejava. Sabia que era sobre esse estado de espírito que Akane falara aquele dia na mesa. E tudo o que o capitão dizia ficava nele como se Heero fosse um filtro. Quando Broden terminou, sorriu para si mesmo como gostava de fazer, com ar de enigma e satisfação.

_É a melhor forma de se provar vivo, de sentir... –e riu inexplicável. Parecia estar mudando de assunto. Heero percebia que ele sabia de algo que ele não. Isso o era em muitos sentidos.

_Venha aqui, Blitz! –Broden chamou e o cachorro negro veio logo até ele, alegre. O capitão afagou-o por muito tempo enquanto esperava Heero digerir os novos conceitos. Depois olhou o rapaz e foi falando mais. –Blitz é o meu velho amigo de jornada. Meu único fiel. Acompanhou-me em muitas batalhas. Sabe tudo o que passei, meu confidente. Já viu um da raça dele? É um pastor alemão, da minha terra, um presente... Ela era linda, mas nunca voltei para ela. Sua espera agora é eterna e eu sinto sua falta. O pior de tudo é que não posso fazer nada pra mudar isso. Se é que houvesse o que fazer, eu deveria ter feito há muitos anos, entretanto fiz escolhas erradas; quando se é jovem não se sabe do preço a pagar... Por isso te peço, milorde, que aprenda do meu erro: o amar é combater. Não pense que é sentimento para os fracos, nem que representa derrota. Amar é vencer batalha árdua todo dia, cheia de armadilhas. Não queira estar solitário sozinho. Vamos todos ser solitários juntos.

Heero o ouvia em silêncio, cada vez mais chocado internamente pelas declarações. Era exatamente igual quando Akane vinha, quando ela lhe falava. Tocava tão fundo, feria, de repente ele ouvia uma batida no peito –o coração –que não lhe obedecia.

5 comentários:

Rodrigo disse...

Tá vendo? Ninguém... nem um comentário...
Não tem como ler... ¬¬
Começa do nada, é gigante... assim não dá né Monique... xD
Mas ainda prometo que um dia eu leio e comento... mas comentarei maldosamente... (6)
Enfim... tantos pensamentos na cabeça... e muito sono pra ir no blog... aiai...
Triste
Então to indo...
Hehe... boa sorte com seu 'Senhor dos Anéis'... =P

mari acadêmica disse...

mo que legal essa estória é muito legal, divertida e densa.Legal agora todo mundo vai conhecer a Akane.

Melina disse...

Nossa mas que bonito!!!!
Agora entendi porque você gosta tanto dessa fic em especial.
Realmente está ficando muito bom....
Só não esquece de postar quando terminar para nós podermos lê-la por conpleto, ok???
bjinhossss.............

Chris disse...

Puxa... embora eu não conheça nenhum personagem nem entenda a história, (o negócio de ser cavaleiro, sei lá~ xD) ficou tão legal~ >w<
Amei as partes da chuva~ o jeito que você deu vida à ela~ xDDD
Muitíssimo bem-escrito~ parabéns, Moni-chan! Uma bela masterpiece! ^_^

mari acadêmica disse...

mo, posta os primeiros capítulos, eles são hiper legais, esse eu amei estou curiosa para ler inteiro.

Reader