domingo, 17 de fevereiro de 2008

Sem Título Número 1

Quando era criança, não gostava muito de sorvete Napolitano. Principalmente porque tinha sorvete de chocolate, que até hoje é o que menos gosto na face da Terra.
Mas tudo bem, hoje sou maior fã de sorvete Napolitano... Tão bonito e tão gostoso.
Pensar nisso me deu uma saudade de algumas coisas da infância.
Principalmente dos parque de diversão e de andar naquelas rodas gigante de cadeirinha de madeira, que só passa aquela barra para manter a gente sentadinho. As estrelas ficam tão perto...
Era divertido! Amava brincar na pesca e ganhar aqueles bichinhos cheios de bolinha de isopor... alguns eram tão bonitinhos, estou certa que tenho uns perdidos por aí, nas minhas caixas de brinquedos, por quase não jogo nada fora.
E o carrossel! Hoje em dia, não sei onde alguém do meu tamanho pode ir no carrossel... todo lugar tem limite de altura e de idade. Agora só tem esses temáticos, repetitivos e radicais que não me atraem em nada, não tem encanto.
Foi gostoso ser criança na minha época. Não tenho reclamações. Tudo parecia tão diferente do que é hoje e muito mais simples.
Quem foi que complicou as coisas? Foi eu? O sistema em que fui criada?
Ou na verdade essa simplicidade era algo que eu acreditava haver visto a dificuldade de enxergar tudo na totalidade?
Queria poder voltar a sentir essa sensação, não exatamente voltar a ser criança ou voltar no tempo.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Fechamento da semana

Se eu soubesse o que escrever aqui, já teria postado há muito tempo.
Só sei que tem uma porção de coisas que eu até poderia falar, só não sei se vale a pena.
Somos muito imperfeitos e temos diversos pensamentos ruins e errados. E se fossem apenas conclusões preciptadas?
Ela me diz tanto:
"Os Titãs é que estão certos! O acaso vai nos proteger... Tem coisas que não é para ser."
É. Não tem definição melhor que essa.
A verdade é que eu mal preciso escrever aqui o que estou sentindo porque alguém desavisadamente já escreveu por mim... e embora os sonhos dele sejam outros, as vontades dele sejam diferentes, no fundo, os medos e as conclusões são as mesmas.
Acordei qualquer dia desses com pensamentos perturbados.
"Quando eu me aposentar, vou ter dinheiro para me manter? Um salário mínimo é o suficiente para pagar minhas contas? Eu vou ter capacidade de cuidar de meus pais se um dia eles precisarem? Afinal, o que vai ser de mim nesse mundo?"...
O que vai ser de mim?
Pensei nisso, a sério, e quase entrei em parafuso...
Anda díficil conseguir escrever alguma coisa que não soe melancólica nesse blog.
Quando durmo eu nem sonho mais... são apenas pesadelos ou experiências sem sentido que não descrevo como sonhar.
Eu estou exausta de alguma coisa que talvez seja muito antiga... um peso morto? Uma deficiência? Queria saber... se eu soubesse, iria me livrar disso tudo.
E assim, em alguns dias, eu penso em morrer, como a forma mais simples de terminar com a dor.
E eu já cansei de me convencer que isso é desnecessário, stress desnecessário.
Quero me punir pelo quê? E preciso de tanto?
Sou uma idiota... é só o que sou.
Fico pensando apenas, e é esse meu mal, no que o acaso fará por mim... Se é que existe uma saída. Porque viver é que é o problema... e é isso que não quero mais fazer.
Porque viver... Já dizia Riobaldo em Grande Sertão: Veredas: viver é muito perigoso.
Mas é bom. Muito melhor que a dormência de fingir-se morto.
Tem muita coisa que quero fazer. E tenho fé de que um futuro melhor me aguarda. Mas o consolo que eu preciso não é esse.
De qualquer modo, caro amigo leitor, não se preocupe. Se você leu isso alarmado, esqueça... Não tem para tanto, a sua atenção dedicada à isso é imerecida e eu agradeço.
Estou aqui, olhando o céu e esperando essa chuva sem fim acabar. Pode sentar do meu lado. Um dia o sol vai abrir.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Pico Psicológico Negativo I

Enquanto tanta, tanta gente procura um objetivo na vida, eu tenho um.
Mas às vezes, tudo que eu queria era um motivo para morrer.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

É isso aí...

" Se um homem registrasse todas suas opinões sobre amor, política, religião, educações, etc., começando na sua juventude em diante até chegar à velhice, que montanha de inconsistências e contradições resultaria! "
- Jonathan Swift, satirista (1667-1745)
Essa frase se adequa bem ao que quero registrar aqui.
Sou uma pessoa que não costuma jogar as coisas fora facilmente, especialmente meus escritos, e faço questão de registrar muito dos meus pensamentos.
Isso incluí a minha caixa de mensagens do Gmail. Ultimamente, lá tem aparecido mensagens muito interessantes...
Um dia me peguei perguntando: Como será reler essas mensagens que escrevi e recebi daqui dez anos? Sei que vou lembrar o momento delas, mas bem provavelmente não concordarei com muito que contém nelas.
Então, depois de mais dez anos, talvez esteja concordando com elas outra vez, isso se meu arquivo digital de vida ainda existir.
Acho tudo muito divertido. Gosto de preservar com carinho tudo o que passei, até o que me machucou.
Históricos de MSN também são muito bons de reler... Pena que eles tem tempo de validade...
Quantos sinais ficaram escritos lá, vestígios de verdades que demoramos em perceber.
Talvez hoje muitas coisas escritas no passado fariam sentido. Ou não.
A gente cresce e fica mais chato ou mais bobo?
Depende...
Mas não me pergunte do quê.

Saudades de escrever no blog...
Tomara que quando eu reler isso, daqui dez ou vinte anos, eu ainda veja sentido nas minhas sempre mal-traçadas linhas.

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