sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Acaso

Estou convencida de que nada é por acaso. Não que acredite em predestinação. Sei que não somos programados, visto que se fôssemos, não erraríamos - não estamos no mundo mitológico grego,onde erros ou acertos eram vontade dos deuses que morriam de tédio (ou de inveja) e brincavam de "The Sims" com os mortais. Deus não quis assim porque não nos obrigou, mas ele dirige nossos passos se permitirmos...
Aprendi a confiar na intuição e nos instintos. Mesmo quando não entendo os sinais sei que, uma hora ou outra, vão ser explicados.
Em muitos momentos, as situações e pessoas são recipientes de vidro, diante de meus olhos praticamente transparentes. Acho que existem várias formas de entender as pessoas. Digamos que eu tenha o "byakugan", vejo através.
Em contraste, muitos me descrevem como um profundo copo fosco.
Curioso.
Meu copo deve ser fosco, em partes, porque eu guardo o segredo de tanta gente. Se quase tudo em mim é um segredo, não me julgue por isso falsa. Quando eu falo, não espere nada menos que a verdade sincera. Se eu hesito é porque tenho medo e estou me esforçando em vencê-lo. Sua paciência pode me ajudar.
É um preço, penso: porque guardo comigo tanto das essências alheias que acabo por desprezar as minhas como inúteis e desnecessárias em comparação. É que tem coisas que na verdade ainda não entendo em mim.
Acho que o que ouve não será jamais o eloqüente.
Queria ser psicóloga não porque acho ter exatamente vocação. Mas quero estudar psicologia objetivando aprender de mim e da rica psiquê humana para empregar melhor essa fácil franqueza que causo (sou eu ou são os outros?).
Ainda assim, tudo o que senti, tudo o que vi até o presente momento me fez mais humana que nunca e ainda mais certa de que nada é por acaso.
Eu gosto disso. Torna tudo especial em nosso redor, nos obriga a ser atentos e ver sempre além do óbvio. Tudo é mais interessante assim.

sábado, 22 de setembro de 2007

Sei lá...

Eu queria escrever sobre alguma coisa aqui. Não sei bem o quê. Nunca sei. Acho que se soubesse, não teria muita graça. Ou talvez tivesse, porque não seria algo desconexo, sem razão de ser, mais interessante. Mas quem é que sabe, nesse mundo de possibilidades?
Só que chega, chega! Estou tão cansada... Tem coisas que a gente suporta, mas até isso tem limite. E eu cheguei no meu.
Eu quero respeito. Eu cansei de receber pedrada. Se eu errei, a gente já conversou isso. Eu erro, e você, não por acaso? Me arrependi, não vou fazer de novo. Você sabe perdoar?
Aprendi a ser mais tolerante do que devia. Aprendi a querer agradar as pessoas e fazê-las felizes, pelo menos, um pouco. Pelo menos, dar essa impressão. Mas eu nunca disse que era infalível.
Se eu não agrado, por favor, me deixe em paz. Pare de me condenar! Será que eu não tenho uma qualidade que você aprecie? Será que você não pode ver em mim algum sentido, alguma razão? É tão difícil assim me aceitar como eu aceito você?
Chega das pedras, chega!
Não devia estar postando isso, não devia... Vou me arrepender também sobre isso... Mas estou tão chateada com essa situação. Porque antes, a gente vivia em paz e eu considerava tanto (considero ainda) você. Queria isso de volta, queria voltar no tempo, mas não sou de fugir da realidade. Eu gosto de enfrentar os fatos e receber os tapas que a vida dá, porque isso ensina. Mas essa lição eu preferia ter ficado sem.
Não peço desculpas mais. Estou cansada. Dessa pequena rusga eu estou cansada. Não é de você, é dessa atitude intolerante. Estou triste, estou magoada, parece bobagem, mas é importante para mim. Sabe respeitar isso? Sabe passar isso por alto? Tolerar?
E para quem reclama que eu não abro o coração, tá aí. Não é só de paredões no MSN que a gente se entende...
Não era sobre isso que eu queria postar. Talvez delete depois, quem sabe?
Ninguém sabe. Ninguém se interessa em saber.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Eu desenho flores...

Quando estou entendiada ou ouvindo explicações ou palestras ou mesmo quando estou distraída, eu desenho flores... Como os psicólogos analisam tudo, até mesmo os rabiscos nascidos do nosso ócio são analisados. E como eu tenho vontade de ser psicóloga, eu me interesso saber. Mas não digo que pesquisei sobre isso... lembro bem do Prof. Raul falar que flor representa sensibilidade, delicadeza, feminilidade e a doutora Rosana, que atendia meu irmão, explicou que desenhar flor demonstra que nos sentimos amados.
De qualquer forma, sendo tudo isso relevante ou não, eu desenho flores! E vario nos tipos, daquela simplezinha de criancinha até uma tentativas de rosa, minha flor favorita, formando molduras no papel. Meu pai desenha placas. Minha mãe, quadrados que se entrelaçam e ultimamente, meu irmão tem desenhado transformers (e o que isso tem que ver com o papo?)... Acho que desenhar é uma coisa agradável, um de meus hobbies favoritos. Tenho desenhado consideravelmente bastante, mas como não costumo terminar as coisas, eles não passam de rascunhos super-desenvolvidos.
Terminei de ler Love Hina esse fim de semana. Foi interessante. Continuo acreditando que se Ken Akamatsu tivesse terminado a história com a aprovação de Keitarou na Toudai teria sido muito melhor, mas o fim não deixou de ser harmonioso com tudo. Ele é um grande roteirista, devo dizer, por que suas piadas e toda a storyline em si é muito bem desenvolvida, irreverente e divertidissima! O desenho dele, no início tão simples, acaba te cativando e você se impressiona com os detalhes.
Minha tia veio em casa e cobrou o desenho que eu prometi lhe fazer, mas nunca fiz... Também contou que leu o blog! Um Yay para a tia! Muito obrigada!
Junto dela, vieram meus tios-avós do Paraná, nos fazer uma visita. Legal conhecer esses parentes de longe, com os quais temos pouco contato.
Também, fui jogar vôlei com a turma no Parque Ecológico. Divertido, muito divertido, mas eu não sou criada na rua, então não consegui ficar descalça na quadra de areia por muito tempo não... Da próxima vez quero ir para tirar muitas fotos! E se der para aproveitar alguma coisa, coloco no Picasa, quem sabe?
E falando no Picasa, no 07 de Setembro eu fui na farmácia comprar meu remédio de tiróide e percebi que o pôr-do-sol estava pedindo para ser fotografado. Que modo de aproveitar o feriado, hein? Ao chegar em casa me muni da grande e querida Kuro-chan, nossa Lumix, e fui para a rua capturar umas imagens. Eu gosto de brincar com a cam, ela tem boas funções e versatilidade, e mesmo sem ser profissional, tira fotos de qualidade, com boas cores, principalmente ao serem vistas em LCD.
Claro, eu só fiz isso mesmo porque meu computador sofreu um derrame e não há Windows que suba, assim, estou desprovida de minha linda máquina, o que significa que aquele CD da Ashley Tisdale e aquele DVD do FSN não vão sair tão cedo. Tudo por que ia ser feito um upgrade para um processador melhor junto duma nova placa mãe Asus du mal. Por favor, um minuto de silêncio pela grave doença de meu Puppet, esse sendo aquele computador inútil que eu amo de paixão.
Ele que não me venha falar de ciúmes depois só porque agora estou testando o Vista no notebook do daddy. Coisa que eu odeio, esse notebook de teclado estranho e sem mouse. Mas ainda assim, é prático... Pelo menos ajuda para que minha crise de abstinência não seja muito forte. O que eu não entendo é a falta do pacote Office nessa joça, que me impede de passar a limpo minhas histórias para adiantar... como isso? Oops, me enganei... temos pacote Office aqui sim, e 2007 ainda! Ooooh! Como é o comando de executar mesmo? Ai, Win Vista é uma provação... Sim, o comando é winword...
Eu não sou nada fã dessas aplicações Vista, incluindo o próprio sistema operacional, que não passa de um belo ecrã (como dizem os portugueses) pouco funcional. O triste é pensar que a Microsoft só tende a piorar as coisas para nós. Por isso que o Linux se apresenta tão empreendedor. Mas informática não é meu assunto favorito, vou parar por aqui.
A coisa que mais me impressionou nas últimas semanas foi a discografia da cantora nipo-havaiana melody. Não imaginei que ia gostar tanto, mas a voz dela realmente é muito melodiosa e doce. Seu inglês é impecável, visto a herança americana, o que é um ponto positivo, já que ela pode conceber uma linda canção como a que aparece no seu último single ("Lovin' U"), "Our Journey". Há muito tempo não ouvia uma música que me fazia querer chorar de emoção como essa...
É madruga de segunda-feira agora. Não tem ninguém no MSN. 02:15. Nami Tamaki canta "Promised Land" no MP4 do meu primo, e enquanto escuto a voz nasal da japonesinha nos fones de ouvido me lembro do novo corte de cabelo da Wanessa Camargo e como o estilo dela me lembra os das cantoras de J-Pop.
Vou terminar por aqui, senão acho que não pararia mais de falar... até mais!

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Beautiful World


Senti duas coisas sobre a iniciativa de Hideaki Anno em trazer Evangelion à tona quando há um ano atrás li sobre isso: a primeira sensação, na época, foi suspeita misturada com implicância.
Estava com um pouco de raiva da série na época, tinha o final do filme recente.
Nunca disse que não gostei, concluí algumas coisas, refleti sobre um pouco de tudo. Entretanto, a revolta me dominou diante de tantas coisas desconexas. Aquele fim terrível, o Terceiro Impacto e um começo não muito diferente daquilo que a NERV queria abolir. Interessante e ao mesmo tempo odioso. Achei que perdi meu tempo.
Julguei Evangelion uma série extremamente masculina. A maior parte da problemática da série mostra questões que afligem os homens mais intensamente e também como um rapaz lida com elas. Nunca tinha observado nada igual. Tudo é muito humano, chega a ser tão humano que desagrada, aquela coisa às vezes injusta, às vezes impulsiva, às vezes impura que vive em cada um de nós.
Acho que foi no site da Herói que li sobre os novos quatro filmes que intentam fazer uma reconstrução, uma releitura, de toda a série, até o episódio 24, e que se diz em busca de clarear mistérios e inclusive modificar o final, que o próprio Hideaki Anno desgosta.
Li e deixei para lá, esqueci.
De repente, há alguns dias atrás, me deparei com uma capa da Rolling Stone japonesa. Percebi então que minha birra por Evangelion foi amainando ao passo que os novos filmes iam progredindo na produção.
E eu gostei do que vi... me interessei! Esta foi a segunda sensação.
Meses atrás, li que quem cantaria os temas para o primeiro filme da tetralogia seria Utada Hikaru, e a voz dela, conhecida e celebrada por mim, me obrigou a baixar o single para ouvir. Ouvi algumas vezes, achei muito bom, mas o que me fez pegar gosto mesmo foi o clipe, que mostrava cenas do filme - a primorosa animação espantosa (com qualidade digital, enfim) usada em vista de quem assistiu aquelas imagens um pouco apagadas de 1994.

O vídeo acima não é o clipe completo, porque este ainda não foi divulgado nesse estado, mas uma boa prévia do que há de vir.

Na primeira vez que assisti, prestei atenção em um ou outro detalhe, as mudanças sutis e a alta qualidade da animação. E enfim, prestei atenção na música cantada pela voz maravilhosa da Hikki que há tempos não ouvia e tinha saudades.
Resultado: me encontro cheia de expectativa sobre o "Rebuild of Evangelion" (nome da tetralogia).
O que espero do primeiro filme?
Não tenho certeza sobre a quantidade de roteiro original que será abordado nele. Estou ainda assim curiosa para saber as novas conclusões que poderão ser tiradas e novos detalhes apresentados. Acho que o universo de Evangelion é atraente e inteligente, mesmo que eu não concorde com uma porção de coisas vistas e ouvidas na série que revolucionou indubitavelmente a animação e o modo de encará-la.
Se existe uma nova forma de vê-la, não quero perder! Assim como o Terceiro Impacto, acredito que uma terceira sensação me visitará, mas esta, só depois de prestigiar o filme...

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